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TELEFONIA
CELULAR (8) |
Autor: M?RCIO
RODRIGUES |
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2.3. T?cnicas de Acesso
O compartilhamento de recursos ? uma forma muito eficiente de se obter
alta capacidade em uma rede de comunica??es. No que diz respeito a comunica??es
m?veis, os recursos s?o os canais dispon?veis ou, de forma mais ampla, a
banda de freq??ncias. O mecanismo de acesso deve permitir que qualquer
terminal acesse o sistema, provendo um sistema de acesso troncalizado. Se canais
s?o designados a usu?rios por demanda, o esquema ? chamado de Acesso M?ltiplo
com Aloca??o por Demanda (DAMA, Demand-Assigned
Multiple Access), ou simplesmente M?ltiplo Acesso. [5]
De acordo com a forma com que o espectro ? disponibilizado aos usu?rios,
tem-se a classifica??o geral de sistemas em faixa
estreita e faixa larga. Em um
sistema faixa estreita, a faixa de freq??ncias ? subdividida em v?rias
faixas menores, os canais, que s?o alocadas sob demanda aos usu?rios. Em
sistemas faixa larga, toda ou grande parte da banda de freq??ncias ?
disponibilizada aos usu?rios, como um ?nico bloco. Best Replica Watches
H? tr?s formas b?sicas de se realizar m?ltiplo acesso, nomeadas de
acordo com o mecanismo chave usado para implement?-las:
-
M?ltiplo
Acesso por Divis?o de Freq??ncia (FDMA);
-
M?ltiplo
Acesso por Divis?o de Tempo (TDMA);
-
M?ltiplo
Acesso por Divis?o de C?digo (CDMA).
Enquanto
o FDMA e o CDMA s?o, respectivamente, t?cnicas faixa estreita e faixa larga
por natureza, o TDMA permite ambas as formas de implementa??o.
Para
a implementa??o de comunica??o bidirecional full-duplex,
pode-se utilizar divis?o no tempo (TDD - Time
Division Duplex) ou na freq??ncia (FDD ? Frequency
Division Duplex). No TDD, as duas dire??es de comunica??o utilizam uma
mesma faixa de freq??ncias comum, mas instantes de tempo distintos. Por outro
lado, no FDD, cada sentido utiliza faixas distintas de freq??ncias, separadas
convenientemente para evitar intefer?ncias, permitindo um full duplex real, pois a informa??o pode trafegar nos dois
sentidos simultaneamente. O TDD requer sincroniza??o e tempo de guarda entre slots
de ambos os sentidos, tamb?m para evitar interfer?ncia. Observa-se que o TDD,
por utilizar a mesma faixa de freq??ncias, permite que a comunica??o
mantenha a mesma qualidade em ambos os sentidos. [5]
2.3.1.
Arquitetura faixa estreita
Em geral, a arquitetura faixa estreita est? associada a sistemas com
alta capacidade ? o n?mero de canais em que a banda ? dividida d? uma
dimens?o da capacidade do sistema quanto ao n?mero de usu?rios ? mas,
muitas vezes, baixa qualidade de transmiss?o ? muitos canais significa banda
pequena para cada canal. Nesse sentido, h? um esfor?o para que se utilize t?cnicas
de modula??o que permitam qualidade de voz aceit?vel sem que se aumente a
banda ocupada pelos canais, ou at?, que se reduza a banda ocupada. Outro
aspecto ? a necessidade de se utilizar filtros estreitos para minimizar a
interfer?ncia de canal adjacente, o que contribui para o aumento no custo de
equipamento. E ainda, em sistemas faixa estreita, o sinal propagante sofre o
chamado desvanecimento n?o-seletivo em freq??ncia, ou seja, quando ocorre um
desvanecimento toda a informa??o contida no canal ? afetada, pois o canal ?,
em geral, muito estreito. [5]
2.3.2.
Arquitetura faixa larga
As t?cnicas de acesso que se utilizam dessa arquitetura s?o o TDMA
faixa larga e o CDMA, sendo que este ?ltimo frequentemente usa toda a faixa
dispon?vel. Como grande vantagem dessa abordagem, pode-se citar o fato de que a
banda utilizada ? maior que a banda dentro da qual ocorre desvanecimento n?o-seletivo
(banda de coer?ncia). Ou seja, o sinal faixa larga experimenta desvanecimento
seletivo em freq??ncia e, ent?o, apenas uma fra??o das freq??ncias que o
comp?em ? afetada pelo desvanecimento. Da mesma forma, interfer?ncias tamb?m
podem ser minimizadas com o uso dessa arquitetura. [5]
2.3.3.
FDMA
A maneira usual de se realizar um esquema FDMA ? atrav?s da associa??o
de um canal a cada portadora. Esse esquema ? conhecido por Canal ?nico por
Portadora (SCPC ? Single Channel per
Carrier). A representa??o do FDMA est? na
. Os canais possuem bandas de
guarda nas suas extremidades, que s?o pequenas faixas de freq??ncias
destinadas a minimizar o efeito causado por filtros e osciladores imperfeitos,
ou seja, minimizar a interfer?ncia de canal adjacente gerada pela invas?o de
um canal na faixa ocupada pelos seus canais adjacentes. Usualmente, o que se
chama de ?canal? s?o as duas bandas associadas ao par de portadoras, direta
(base para m?vel) e reversa (m?vel para base).
Sistemas FDMA s?o sempre FDD e usualmente implementados segundo a
arquitetura faixa estreita. Tanto sistemas anal?gicos como digitais podem ser
implementados com a t?cnica FDMA.
Figura 2-18 -
T?cnica de acesso FDMA
2.3.3.1.
Principais caracter?sticas do FDMA
Conforme apresentado em [5]
:
-
implementa??o
usual baseada em SCPC;
-
transmiss?o
cont?nua ? uma vez alocados, os canais s?o usados continuamente pela base e
pelo m?vel at? o fim da comunica??o;
-
banda estreita
? como cada por??o de freq??ncia ? utilizada por um ?nico usu?rio, a
banda necess?ria ? relativamente pequena, variando de 25-30 KHz em sistemas
anal?gicos. Em sistemas digitais, o uso de codifica??o de voz a baixa taxa
pode diminuir ainda mais a banda necess?ria;
-
baixa interfer?ncia
intersimb?lica ? problema que afeta apenas sistemas digitais. Devido ?
caracter?stica de sistemas FDMA digitais trafegarem ? baixas taxas de
transmiss?o, esse n?o ? um problema importante;
-
baixa
sobrecarga de informa??es de controle (overhead)
? os canais de voz carregam tamb?m mensagens de controle, como handoff
por exemplo. Pelo fato dos canais alocados serem usados continuamente, pouco
espa?o ? necess?rio para controle se comparando ao TDMA, por exemplo;
-
eletr?nica
simples ? pouca ou nenhuma necessidade de processamento digital para combater
interfer?ncia intersimb?lica (em sistemas digitais), entre outras raz?es,
permitem o uso de equipamentos mais simples nas bases e nos terminais;
-
uso de
duplexador ? como a transmiss?o ? full-duplex
e usa-se apenas uma antena para transmiss?o e recep??o, deve-se usar um
duplexador para fazer a filtragem entre recep??o e transmiss?o e, assim,
evitar interfer?ncias entre ambas;
-
alto custo de
esta??es base ? a arquitetura SCPC requer que um transmissor, um receptor,
dois codecs (codificador / decodificador) e dois modems (modulador / demodulador)
sejam usados para cada canal numa esta??o base. A aloca??o de mais usu?rios
em uma mesma portadora, tornaria o sistema mais econ?mico nesse aspecto;
-
handoff
percept?vel ? pelo fato da transmiss?o ser cont?nua, a comuta??o entre
freq??ncias no processo de handoff ? percept?vel (aud?vel) ao usu?rio.
2.3.4.
TDMA
Como dito, o TDMA permite implementa??o em faixa estreita e faixa
larga. No TDMA faixa larga, toda ou grande parte da banda dispon?vel ? alocada
a cada usu?rio por determinado intervalo de tempo, denominado slot. Em cada slot de
tempo apenas um usu?rio ter? acesso a toda (ou grande parte) da banda.
No TDMA faixa estreita, o usu?rio tem acesso a uma pequena por??o da
banda por determinado intervalo de tempo (slot).
A
a seguir, ilustra o conceito
TDMA faixa estreita. No TDMA faixa larga n?o haveria as subdivis?es faixa 1,
faixa 2, ... faixa M, ou elas seriam em n?mero muito reduzido comparado ao
faixa estreita.
O canal TDMA ? definido pelas duas combina??es [por??o da banda
(faixa), slot] alocadas ao usu?rio,
para o link direto e reverso. O TDMA
permite utiliza??o tanto de FDD como de TDD.
Como visto, uma ?nica portadora ? compartilhada em v?rios slots
de tempo, ou seja, ? compartilhada por v?rios usu?rios, cada qual em seu
instante determinado. Esse mecanismo diferencia o TDMA do FDMA pois, no ?ltimo,
o esquema SCPC fazia com que cada portadora fosse alocada a apenas um usu?rio
at? o fim de sua comunica??o.
Figura 2-19 -
T?cnica de acesso TDMA (faixa estreita)
A transmiss?o entre m?vel e base ? feita de forma n?o-cont?nua. A
transmiss?o entre m?vel-base ? feita em rajadas, ocorrendo apenas no instante
de tempo (slot) reservado para que o m?vel
transmita e/ou receba. Nos demais instantes de tempo, outros usu?rios poder?o
ter acesso ? mesma portadora sem, portanto, que as comunica??es interfiram
entre si.
Pelas caracter?sticas apresentadas, a tecnologia digital ? a ?nica
adequada para o tipo de transmiss?o envolvido, de forma que sistemas TDMA s?o
sempre digitais.
2.3.4.1.
Principais caracter?sticas do TDMA
Conforme apresentado em [5]
:
-
v?rios canais
por portadora ? como dito, uma portadora ? utilizada em v?rios instantes de
tempo distintos, cada qual correspondendo a um canal (usu?rio). No sistema
Americano IS-54, usa-se tr?s slots
por portadora, enquanto que no sistema Europeu GSM cada portadora atende a oito slots;
-
transmiss?o em
rajadas (bursts)? como cada
portadora ? compartilhada no tempo, cada usu?rio transmite ou recebe sua
informa??o numa rajada dentro dos respectivos slots. Essa forma de transmiss?o tamb?m leva a uma maior economia
de bateria se comparado ao FDMA;
-
faixa larga ou
faixa estreita ? a banda de cada canal depende de v?rios fatores, como o
esquema de modula??o. Dependendo do sistema os canais variam de dezenas a
centenas de kHz. Como exemplo, o GSM usa canais de 200 KHz, enquanto que no
IS-54 os canais s?o de 30 kHz;
-
alta interfer?ncia
intersimb?lica ? como a taxa de transmiss?o ? muito mais alta no TDMA do
que no FDMA digital, come?a a haver problemas pelo fato da dura??o de s?mbolos
ser compar?vel ao espalhamento por retardo (delay spread), a ser explicado. ? requerido tratamento especial
para minimizar esse problema, em especial em sistemas com taxas mais altas, como
o GSM;
-
alta sobrecarga
de informa??es de controle (overhead)
? a caracter?stica de transmiss?o em rajadas requer um tratamento mais
minucioso no que diz respeito ? sincroniza??o. Os bits requeridos nesse
tratamento em conjunto com o fato de haver tempos de guarda entre slots
(equivalente ? banda de guarda, na freq??ncia), gera um alto overhead;
-
eletr?nica
complexa ? por usar tecnologia digital, muitos recursos podem ser agregados na
unidade m?vel, aumentando sua complexidade;
-
n?o requer o
uso de duplexador ? como transmiss?o e recep??o acontecem em slots
distintos, ? desnecess?rio o uso de duplexador. O que h? ? um switch
que liga / desliga o transmissor / receptor quando este n?o est? em uso. O uso
de duplexador ? dispens?vel mesmo no TDMA/FDD pois, nesse caso, o que se faz
usualmente ? acrescentar intencionalmente alguns intervalos de tempo entre os slots
de transmiss?o e recep??o para
que a comunica??o nos dois sentidos n?o ocorra exatamente no mesmo instante [1]
;
-
baixo custo de
esta??es base ? como s?o usados m?ltiplos canais por portadora, o custo
pode ser reduzido proporcionalmente;
-
handoff
eficiente ? o handoff pode ser realizado nos instantes em que o transmissor do m?vel
? desligado, tornando-se impercept?vel ao usu?rio;
-
uso eficiente
da pot?ncia, por permitir que o amplificador de sa?da seja operado na regi?o
de satura??o;
-
vantagens
inerentes a sistemas digitais, como capacidade de monitora??o da comunica??o
quadro a quadro, por exemplo.
A
Figura 2-20
[8]
ilustra um quadro (frame) de informa??o usado em sistemas TDMA. Cada slot
? composto de um pre?mbulo e bits de informa??o associados a cada usu?rio
(exemplo de quadro da base para usu?rios). O pre?mbulo tem como fun??o
prover identifica??o, controle e sincroniza??o na recep??o. Tempos de
guarda s?o utilizados para minimizar a interfer?ncia entre canais (cross
talk). [8]
Ainda na
Figura 2-20
, cada usu?rio de um mesmo slot
ocupa a sua respectiva faixa de freq??ncias. Uma vantagem do TDMA ? que
pode-se alocar diferentes n?meros de slots
por quadro para cada usu?rio, provendo uma forma de banda por demanda, de
acordo com as necessidades de comunica??o (de dados, no caso) de cada usu?rio.
[1]
Figura 2-20
-
Quadro (frame) do TDMA
2.3.5.
CDMA
A t?cnica CDMA possui as seguintes caracter?sticas b?sicas :
todos os usu?rios podem transmitir simultaneamente, nas mesmas freq??ncias
e utilizando toda a banda dispon?vel.
Ao inv?s de se fazer a separa??o entre usu?rios atrav?s de freq??ncia
ou freq??ncia / tempo, a cada usu?rio ? desiginado um c?digo, de forma que
sua transmiss?o possa ser identificada. Os c?digos usados t?m baixa correla??o
cruzada (idealmente zero), ou seja, s?o ortogonais, fazendo com que as informa??es
contidas nas v?rias transmiss?es n?o se confundam. No outro extremo da
comunica??o, o receptor tem conhecimento do c?digo usado, tornando poss?vel
a decodifica??o apenas da informa??o de seu interlocutor. A
Figura 2-21
, ilustra o sistema.
O CDMA baseia-se em um conceito denominado Espalhamento Espectral (Spread
Spectrum), que ser? resumidamente descrito.
Figura
2-21
- T?cnica de acesso CDMA
2.3.5.1.
Espalhamento Espectral
Atrav?s dessa t?cnica, o sinal original que se deseja transmitir ?
espalhado por uma banda muito maior que a necess?ria a sua transmiss?o. Esse
efeito ? obtido, no caso do CDMA (espalhamento espectral por sequ?ncia direta,
como ser? explicado), pela multiplica??o do sinal por um c?digo com taxa de
transmiss?o muito superior, de forma que o sinal resultante ocupa uma faixa
muito larga. A energia total ? mantida, sendo distribu?da uniformemente por
toda a banda, assemelhando-se ao espectro de ru?do branco. Todos os sinais
oriundos dos diversos usu?rios / esta??es base e o pr?prio ru?do agregado
? transmiss?o s?o superpostos no espectro. Atrav?s do c?digo apropriado, a
informa??o do usu?rio desejado ? extra?da em meio ao ?ru?do?.
Nessa breve descri??o, j? ? poss?vel observar a alta imunidade intr?nseca
do espalhamento espectral a ru?do e interfer?ncia, uma vez que sinais de
outros usu?rios bem como ru?do / interfer?ncia s?o tratados da mesma forma e
seus danos ? informa??o de determinado usu?rio s?o eliminados, te?rica e
idealmente, quando da aplica??o do c?digo de recupera??o.
H? duas formas principais de se realizar o espalhamento espectral: Salto
em Freq??ncia ? Frequency Hopping
(FH) e
Sequ?ncia Direta ? Direct
Sequency (DS). O que se chama comumente de CDMA ?, na verdade, a t?cnica
de m?ltiplo acesso por sequ?ncia direta.
2.3.5.1.1.
Salto em Freq??ncia (FH)
Nessa t?cnica, a portadora ?salta? entre as v?rias freq??ncias do
espectro alocado. A faixa original do sinal ? mantida, por?m, como a portadora
percorre rapidamente uma faixa muito grande de freq??ncias, o efeito final ?
de espalhamento espectral. Um sistema FH pode ser pensado como um sistema FDMA
com diversidade de freq??ncia. [1]
Esta t?cnica prov? um alto n?vel de seguran?a, uma vez que um
receptor que queira interceptar a comunica??o e que n?o saiba a sequ?ncia
pseudo-aleat?ria usada para gerar a sequ?ncia de ?saltos?, necessitar?
buscar por freq??ncias de forma muito r?pida e acertar a freq??ncia em uso
em cada instante (e no slot de tempo
exato). Pode apresentar problemas de colis?o entre usu?rios e ? cr?tico
quanto ? necessidade de sincroniza??o entre transmissor e receptor [3].
A
[3]
ilustra essa t?cnica, atrav?s de dois usu?rios, ?x? e ?o?.
Figura 2-22
- Salto em freq??ncia (Frequency
Hopping)
2.3.5.1.2.
Sequ?ncia Direta ? CDMA
Como dito, a t?cnica baseia-se em associar c?digos ortogonais aos usu?rios,
de forma que suas comunica??es n?o interferem entre si mesmo compartilhando o
mesmo espectro e tempo. Para determinado usu?rio, todos os outros s?o vistos
como sendo ru?do. O processo de espalhamento do sinal e o posterior retorno ?
banda original ? ilustrado na
[4]
e na
Figura 2-24
[4],
respectivamente.
Figura 2-23
- Processo de espalhamento
espectral ? sequ?ncia direta
Figura 2-24
- Processo de retorno ?
banda original ? sequ?ncia direta
A
[4]
ilustra a recupera??o do sinal desejado, Ck
, em meio aos outros
sinais da banda (?ru?do?).
Figura 2-25
- Recupera??o do sinal
desejado
A alta imunidade do CDMA a sinais diferentes do desejado (incluindo ru?do)
pode ser melhor compreendida atrav?s da
[4].
igura 2-26
-
Alta imunidade provida pelo CDMA
Na
Figura 2-26 , o ru?do entra quando o
processo de espalhamento espectral j? ocorreu. Na recep??o, quando for
aplicado o c?digo para extrair o sinal desejado, o ru?do ser? espalhado,
tendo o seu efeito muito atenuado.
No CDMA, a pot?ncia de todos os usu?rios, com exce??o do usu?rio
desejado, ? o n?vel m?nimo de ru?do no receptor quando do momento da
descorrela??o (retirada da informa??o desejada atrav?s da aplica??o do c?digo
apropriado). Se a pot?ncia de cada usu?rio n?o ? controlada, de forma que
elas n?o apare?am com a mesma intensidade no receptor da base, ocorre o
problema perto-distante (near-far). Se
isso ocorre, sinais mais fortes elevar?o o n?vel m?nimo de ru?do na recupera??o
dos sinais mais fracos e tender?o a mascar?-los, de forma que se reduz a
chance de que os sinais mais fracos sejam recuperados. Para combater o problema,
? necess?rio que se adote no CDMA um r?gido esquema de controle de pot?ncia,
atrav?s do qual a esta??o base monitora os terminais de maneira que a pot?ncia
que chega ? base oriunda de cada terminal tenha, idealmente, o mesmo n?vel.
Isso evita que um m?vel afastado da base n?o consiga comunica??o pelo fato
de um m?vel pr?ximo ? base estar despejando muita pot?ncia. [1]
2.3.5.2.
Algumas caracter?sticas do CDMA
Conforme apresentado em [1]
:
-
usu?rios
comunicam-se usando as mesmas freq??ncias, simultaneamente, por divis?o de c?digo;
-
ao contr?rio
do FDMA e do TDMA, o CDMA n?o tem um limite de capacidade bem definido, e sim o
que se chama de limite soft. Ao
aumentar o n?mero de usu?rios, o n?vel m?nimo de ru?do ? aumentado
linearmente, de forma que h? um decr?scimo gradual de desempenho do sistema,
percebido por todos os usu?rios;
-
efeitos do
canal nocivos e seletivos em freq??ncia podem ser minimizados pelo fato do
sinal original estar espalhado por uma banda muito grande. E ainda, o receptor
utilizado ? RAKE - permite que se fa?a um especial tratamento nos sinais
recebidos por multipercurso, de maneira que o sinal recebido tenha a melhor
qualidade poss?vel;
-
no caso de handoff
entre c?lulas cocanal (todo o espectro ? utilizado pelas c?lulas ? poss?vel
no CDMA), o processo pode ser suave. Mais de uma esta??o base monitora o n?vel
do m?vel e a central de controle pode escolher a melhor vers?o do sinal, sem
necessitar comutar freq??ncias;
-
problema
perto-distante, caso n?o haja controle de pot?ncia eficiente.
Outra t?cnica de acesso, ainda menos desenvolvida e utilizada, ? o M?ltiplo
Acesso por Divis?o Espacial (SDMA). Nessa t?cnica, ? controlada a dire??o
de irradia??o de energia para os usu?rios, atrav?s da aloca??o de
diferentes spots de irradia??o das
antenas da esta??o base. As diferentes ?reas cobertas por cada spot
podem ser servidas pela mesma freq??ncia (TDMA ou CDMA) ou por diferentes freq??ncias
(FDMA). No canal reverso (m?vel para base), a identifica??o de usu?rios ?
feita atrav?s do ?ngulo de chegada do sinal. A Figura
2-27 [1]
d? a id?ia do conceito envolvido.
Figura
2-27
-
T?cnica de acesso SDMA
2.3.6.
Compara??o entre FDMA, TDMA e CDMA
Uma vantagem b?sica do CDMA ? sua capacidade muito maior de tolerar
sinais interferentes, se comparado a FDMA e a TDMA. Como resultado dessa
qualidade, problemas de aloca??o da banda e interfer?ncia entre c?lulas
adjacentes s?o simplificados, enquanto que sistemas FDMA e TDMA precisam de
cauteloso estudo de aloca??o de freq??ncia e slots para evitar interfer?ncia, exigindo filtros sofisticados e
tempos de guarda entre slots. Aumento
de capacidade no CDMA pode ser conseguido atrav?s do fator de atividade de voz,
utilizando-se os instantes de tempo nos quais n?o ? detectada voz para prover
aumento de usu?rios atendidos. [8]
Em termos de capacidade, teoricamente o CDMA possui uma vantagem sobre
sistemas anal?gicos por um fator de 20 [10].
Por outro lado, toda a vantagem te?rica do CDMA exige que uma s?rie de
requisitos como, controle de pot?ncia eficiente, ortogonalidade entre c?digos
e necessidade de sincronismo perfeito (bases s?o sincronizadas por GPS ?
Sistema de Posicionamento Global, e passam o sincronismo aos m?veis), entre
outros, sejam atendidos. Na pr?tica, dada a dificuldade de se implementar todos
os requisitos, sistemas CDMA em geral n?o exploram toda a capacidade te?rica
prevista para essa t?cnica, embora os avan?os tecnol?gicos os levem cada vez
mais pr?ximo a esse ideal.