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EDGE, uma realidade que você precisa conhecer (4) |
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Autores: Adriano Rodrigues Santos Oliveira, Eduardo Nascimento Lima e Marilson Duarte Soares |
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Taxa de símbolos
A taxa de símbolos conseguida por
uma determinada modulação possibilita a redução de largura espectral e uma
boa eficiência de potência.
A expressão R = V/ log 2 M, representa a taxa de símbolos na saída de uma
modulação M–PSK, M–QAM, M–TCM, etc.
Onde
R = Taxa de símbolo, em MB ( Megabaud);
V = Taxa de bits transmitida em Mbps;
M = Número de estados da
modulação.
Largura de banda do sinal
Para cada técnica de modulação,
existe uma densidade espectral de potência a partir da qual é estabelecida
a largura de banda do sinal modulado, baseada em alguma definição de largura
de banda. O espectro de potência depende
do tipo de modulação e da taxa do sinal transmitido.
Não existe uma definição aceita universalmente para largura de banda de um
sinal modulado. Nesse estudo vamos utilizar
o conceito de largura de banda nos pontos de meia-potência, ou seja, será a
banda entre as freqüências para a qual a
densidade espectral de potência cai à metade da potência do seu valor de
pico.
Também chamada largura de banda para os pontos de 3 dB ou largura de banda de
Nyquist.
O valor da taxa de símbolos em MB é numericamente igual a banda ocupada, em
MHz, nos pontos de 3 dB do filtro de
Nyquist. Esta banda também é conhecida como banda de Nyquist e independe do
valor de "roll-off".
A tabela 1 apresenta o cálculo dos valores da banda de Nyquist para algumas
taxas de transmissão usando os esquemas de
modulações QPSK (Phase Shift Keying), 4PSK e 8PSK.
Tabela 1 = Banda ocupada para algumas taxas em QPSK, 4PSK e 8PSK
Eficiência espectral
Como pode ser visto na tabela
acima, com o aumento do número de estados de modulação, consegue-se enviar
uma quantidade maior de bits em uma mesma banda. Daí a introdução do conceito
de eficiência espectral.
A eficiência espectral de um esquema de modulação é definida como a razão
entre a taxa transmitida e a largura da
banda autorizada.
IV.2.1. Modulação GMSK (Gaussian Minimum Shift Keying)
GMSK é particularmente importante por causa do seu uso em alguns dos mais proeminentes "standards" no mundo. Global System for Mobile Communication (GSM), Digital Enhanced Cordless Telecommunication System (DECT).
Figura 11 = Constelação da modulação GMSK
A modulação GMSK reduz a complexidade dos sistemas tornando seu custo muito baixo em relação as demais modulações existentes. Seu desenvolvimento está baseado na modulação FSK (Frequency Shift Keying) com índice de modulação (m) igual a 0,5, sendo assim denominada de MSK (Minimun Shift Keying).
O índice de modulação (m) é definido conforme expressão abaixo:
Por exemplo, um sinal MSK pode ser
composto por uma freqüência em 1200Hz (f logic 1) para representar um bit
"1" e uma freqüência 1800Hz (f logic 0) para representar um bit
"0". Para que possa apresentar um índice de modulação de 0,5, a
taxa de transmissão deverá ser igual a 1200 bps. Abaixo temos a
representação deste sinal.
Figura 12 = (a) Sinal NRZ e (b) sinal MSK
Aparentemente seria interessante
deixar a modulação dos sistemas celulares digitais com o MSK, mas essa
modulação não possui um espectro suficientemente compacto para transmissões
de dados. Neste caso vamos precisar usar o
filtro Gaussiano para minimizar os efeitos dos lóbulos secundários, gerando a
modulação GMSK.
O GMSK vai gerar uma eficiência espectral melhor que o MSK, mas menor que uma
modulação M-PSK.
Entretanto, como se trata de uma modulação não linear, vai estar mais
coerente com os amplificadores classe C que
oferecem maior eficiência de energia e será menos sensível a ruídos ou
distorções.